Podemos controlar diversas coisas... controlamos o que comemos, o que estudamos, o quanto nós gastamos, porém.. tem uma coisa que não podemos controlar... O que sentimos.
Aquilo que sentimos é tão incontrolável quanto um mar feroz. O que sentimos é parecido com aquele erro que, quanto mais tentamos concertar, mais errado fica. O pensar em não pensar, já é um pensar. Logo, chegamos a conclusão que, o que sentimos não é um ato de vontade ou um ato de estar, é sim, um estado de ser. Nós sentimos e ponto.
É estranho imaginar que somos nós quem pensamos, os nossos pensamentos pertencem a nós, são um fruto da nossa mente, porém, estão fora do nosso controle.
Desse modo, podemos chegar a seguinte conclusão. Nós não podemos simplesmente querer sintir de certa forma ou querer que alguém sinta de outra forma. Não podemos pedir isso porque não podemos cumpri-lo.
As vezes, tentamos nos controlar, nos policiar, ir mais devagar, pegar mais leve, mas no fim, vamos acabar ficando reprimidos e adestrados.
Tentar controlar não é a solução. A solução é sentir e ter ciência do que se sente, aceitando isso. É dessa forma que não nos tornamos escravos de nós mesmos. É dessa forma que nos tornamos o nosso próprio aliado, conhecendo e aceitando o que sentimos, sem repressões.
Mentir para si mesmo se torna a pior mentira. Ao se exteriorizar para o mundo, nos projetamos como uma mentira, logo, todos os atos decorrentes do que afirmamos, também serão uma mentira. Portanto, ao mentir para nós mesmos, tudo que nos circunda também será uma mentira.
Moral da história. Como não podemos controlar o que sentimos, devemos aceitar isso e descobrir formas de lidar com tal sentimento. Depois disso, tudo o que sentimos nos parecerá familiar e bom, ainda que fora de controle.
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