sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Aparentemente exposto.

Eu sou sentimento...
Estou nú... eu sou alma...
A transparência do vinho na taça... transparência da  minha alma..
Eu sou complexo... inconexo.
Não se limite em pensar que sou uma alma...exposta como a taça...
Eu sou a taça... mas também sou uma farsa.
Eu sou intenso... carregado de sentimento...
A transparência é só um momento...
Que eu resolvo , por mim mesmo, ser sentimento.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Balança de três pesos;

Olhe as possibilidades...
Outros gestos, as pessoas, os lugares;
O singular me é alheio,
Eu sou plural, sou três... eu sou o meio.

Não sou só tua, mas tu também me tens;
Eu vejo o Mundo, vejo mais... eu vejo além.
Teu beijo é bom, mas também gosto de outros beijos,
Porque sou muitos, sou três e sou os meios.

E quem se prende se limita,
O "enfim sós" é apenas uma medida.
Tu não vês que é uma balança de três pesos?
E nela sou tua, sou de três, sou do meio.

Eu sou tua , mas não sou somente tua...
Amo teus olhos, mas outros olhos também são meus!
Tu tens ciúmes, não me enganes, eu te leio.
Mas não se enganes, porque sou três e sou o meio.

Veja a variedade...
O infinito, o divertido, outros lugares;
Por que só dois e não gostar de um terceiro?
Se eu sou tua, mas também sou de outros meios?








sexta-feira, 3 de junho de 2011

O reflexo e eu;

Tu vais à frente de um espelho...
Olhas a si mesmo, ajeitas o pedaço de cabelo que está fora do lugar...
Olhas aquela parte do corpo que te incomoda, e pensas que serias mais feliz se ela fosse de outro jeito...
Viras a cabeça para os dois lados, só pra conferir se o seu perfil está agradável. É interessante ver o nosso perfil, afinal, é um ângulo nosso que não costumamos ver a não ser quando estamos em frente a um espelho...
Geralmente tu abres os dentes, como que para verificar se ainda estão no lugar, se ainda estão brancos ou se tem algo preso a eles... se estiver tudo no lugar, simulas um sorriso, como se tivesse em um papo agradável, fazes isso, pois queres saber como é o teu sorriso quando estás em um papo agradável com alguém.
Se uma pessoa aparace na hora, imediatamente desfazes "o sorriso do papo agradável" e ajeitas mais uma vez o cabelo pra disfarçar aquela cena vergonhosa que fazes quando estás sozinho na frente de um espelho.
Alguns se atrevem a dançar, desfilar, treinar discursos e expressões para futuros papos agradáveis.
Desse modo, pode-se dizer que o espelho é como uma projeção nossa. Em frente a ele, nós fazemos coisas tolas e imaginamos como seríamos se nos comportássemos de determinada forma. Ele não mente... vai sempre nos mostrar a realidade como ela é... imperfeita, fingida, aparentemente feliz...
Nós nos olhamos com bastante freqüência no espelho, olhamos nosso perfil, nosso sorriso, nossa imperfeição, nossas caras e bocas e algo mais que convenhamos notar em nossa aparência.
Enfim, olhamos quase tudo... mas quase sempre, esquecemos de olhar algo muito sutil... nós mesmos.
Quando digo nós mesmos, não me refiro a nosso sorriso cativante, me refiro ao mais íntimo do nosso ser...
Refiro-me ao nosso interior, àquilo que mais tememos em nós mesmos... não a nossa realidade aparente, mas a nossa realidade essencial.
Pare em frente ao espelho e se olhe de verdade, não repares no teu olhar atraente, repares no fundo dos teus olhos e verás.
Verás que és bem mais profundo do que o espelho pode te mostrar.
 Tu se depararás com sua verdadeira face, aquela que vai estar sempre contigo, não aquela que treinas ter.
É exatamente isso que és. Por mais que algumas vezes não te compreendas, enoje-se, ache-se limitado, feio...
O mais importante nisso tudo é enxergar quem verdadeiramente és, e se compreender, e se ver.
Porque, após nos compreendermos e nos aceitarmos, poderemos mudar e evoluir...
Quando se olha no espelho e não se vê de verdade, sempre serás como um reflexo do espelho, uma projeção de algo, um querer ser...
Quando se olhar novamente na frente de um espelho... olhe... e verás que compreendeu, e verás que se compreendeu.



domingo, 22 de maio de 2011

Seria o Rolex?

Um sorriso no rosto... a falsa aparência de que está tudo bem...
Tudo o que sentes, é como um mar feroz... fora de controle...
Mas em vez de seres jogado por essa onda devastadora, respiras fundo... e sorris.
Como se nada tivesse errado, como se tudo estivesse no lugar.
Quando na verdade, nada está no lugar...
Onde, por fora vê-se autoconfiança e otimismo, por dentro trava-se uma guerra....
As aparências enganam... elas disfarçam uma face oculta.
A verdadeira face nunca será totalmente explícita...
O verdadeiro eu, sempre estará rebuscado em meio a sorrisos e falsos olhares...
Não é falsidade, é preservação, é um jeito de se defender...
Tua fragilidade emocional, torna-te vulnerável...
Então, como que para se defender dos teus próprios pensamentos, levantas a cabeça... e sorris...
Quando é chegado o momento, quando se deparas com o teu medo...
Quando te deparas com aquela pessoa... com aquele lugar...
Teu coração gela...
Mas não dá mais pra voltar, tu ergues o peito... e sorris...
Nessa hora, estás em guerra consigo mesmo...
São teus sentimentos querendo ser exteriorizados, contra tua forçosa aparência.
És posto num conflito interno, devastador, como aquela onda que quer te levar...
Mas tu paras, respiras, e sorris...
Quando tal momento é passado, tu desabas, sentes o peso do fingimento.
Os olhos decaem, a tristeza te consome...
Finalmente, os sentimentos que tanto queriam se exteriorizar, vêem a tona...
Vencem a batalha... e nesse momento... tu não sorris.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ver e não saber você;

Tudo o que sei, é do pouco que eu vi;
O que eu não vi, portanto, não é o que eu sei...
Sempre que te vejo, eu penso que sei...
Mas quando eu penso que sei, vejo que não vi, então eu não sabia...
Logo, nem tudo o que vejo é o que eu sei;
Porque, ainda que eu te veja, continuo sem saber...
Resta-me, então, a certeza de que tudo que eu sei, é tudo que eu vi....
Porém nem tudo que eu vi, é o pouco que sei.



  

segunda-feira, 25 de abril de 2011

E a resposta está....

Decida...
Qual opção você escolhe?
Sim... isso é um teste. Responda outra pergunta... o que não é um teste?



Tudo que nos rodeia, de certa forma é uma prova...
É ilusão se sentir com o dever cumprido;
Esse dever cumprido, foi um, dos inúmeros que ainda virão...
Eles nunca cessarão...
A vida, meus caros, é um teste...
Uma uma sucessão grandiosa de testes;
O nosso próprio parto é um desafio... temos que sofrer e encará-lo para podermos seguir em frente...
A rolha da garrafa de vinho, é uma pequena barreira, mas precisa ser enfrentada para que se possa apreciar o delicioso sabor que guarda.
Os desafios estão em tudo... até em nós mesmos.
Quando nos falta desafiadores, tentamos bater nosso próprio recorde.
Somos, inclusive, o nosso maior crítico, estamos sempre tentado provar algo para nós mesmos...
Esse modo de pensar pode parecer meio cansativo.... desafiador...
Porém, a superação desses testes, é o que separa um perdedor de um vencedor...
Quando digo, vencedor, não me refiro a uma pessoa bem sucedida, mas sim, a uma pessoa que soube lidar com as provas da vida...
Se sentir com o dever cumprido, é como ler meio livro, e achar que sabe a história inteira.




Você vai perder em alguns testes...
Vai tropeçar em algumas barreiras...
Vai se deparar com cálculos, os quais não conseguirá dar resultado...com olhares indecifráveis... pessoas maldosas, problemas maiores e deveres demasiados...
Testes não faltarão, cobranças sempre virão, inclusive de você mesmo.
Não se canse de tentar acertar, pois em todos os testes, sempre há uma resposta correta.
Quando fracassar, não pense no que não foi, pense no que pode ser, pense no próximo teste.
A derrota vai fazer parte da seu caminho, mas não seja escravo dela...
Não seja um perdedor, pare, pense, respire e descubra...
Não é necessário vencer todos os testes para se tornar um vencedor, é preciso aprender com todos eles...
Decida...
Qual opção você escolhe?










quinta-feira, 7 de abril de 2011

"Um pássaro na mão.... um pássaro no ar."

Seria tão mais simples, simplesmente seguir em frente...
É destruidor estar preso ao que não é mais seu...
Por mais que a mente se distraia, vez ou outra o que já passou volta a tona.
E o problema se agrava quando vez outra se torna quase sempre.
E o que volta a tona são aqueles pequenos momentos que guardamos, aqueles os quais nos apegamos, que não queremos esquecer...
Nos tornamos prisioneiros dessas lembranças...
O pior nisso tudo é que essa prisão é unilateral, você está preso numa jaula que agora prende outra pessoa...
Uma jaula que não é mais sua... mas mesmo assim você está preso a ela.
É como sofrer por alguém que não é mais seu...
É exatamente sofrer por alguém que já não é mais seu...
As lembranças boas te fazem querer mais que tudo... que tudo volte a ser como antes.
Ainda que você saiba que nada mais vai ser como antes...
Era um pássaro que você tinha na mão... e agora ver voar.
E você olha pra suas mãos e lembra do pássaro nelas...
E o pássaro olha o horizonte, e nem lembra mais das suas mãos...
Ele te deixou, simplesmente seguiu em frente...
Enquanto você continua dizendo para si mesmo... Seria tão mais simples, simplesmente seguir em frente.