quinta-feira, 7 de abril de 2011

"Um pássaro na mão.... um pássaro no ar."

Seria tão mais simples, simplesmente seguir em frente...
É destruidor estar preso ao que não é mais seu...
Por mais que a mente se distraia, vez ou outra o que já passou volta a tona.
E o problema se agrava quando vez outra se torna quase sempre.
E o que volta a tona são aqueles pequenos momentos que guardamos, aqueles os quais nos apegamos, que não queremos esquecer...
Nos tornamos prisioneiros dessas lembranças...
O pior nisso tudo é que essa prisão é unilateral, você está preso numa jaula que agora prende outra pessoa...
Uma jaula que não é mais sua... mas mesmo assim você está preso a ela.
É como sofrer por alguém que não é mais seu...
É exatamente sofrer por alguém que já não é mais seu...
As lembranças boas te fazem querer mais que tudo... que tudo volte a ser como antes.
Ainda que você saiba que nada mais vai ser como antes...
Era um pássaro que você tinha na mão... e agora ver voar.
E você olha pra suas mãos e lembra do pássaro nelas...
E o pássaro olha o horizonte, e nem lembra mais das suas mãos...
Ele te deixou, simplesmente seguiu em frente...
Enquanto você continua dizendo para si mesmo... Seria tão mais simples, simplesmente seguir em frente.


5 comentários:

  1. Quantos pássaros a gente precisa tentar prender pra perceber que eles não são nossos? =/
    Muito bom!

    ResponderExcluir
  2. Porra, Jas! Sei que é tenso quando dizem 'esse é seu melhor texto', mas vou te jogar esse peso nas costas: seu melhor texto até agora! lindo, sensível e pertinente. fica a mesma pergunta que a Nathy fez acima...
    quem nunca sentiu que existe o que não existe mais, atire a primeira pedra.

    ResponderExcluir
  3. Valeu Lud! É... eu acho que nós nunca aprenderemos... nosso desejo nos obriga a ter o pássaro como nosso, quando na verdade ele não é, e em algum momento ele pode voar.

    ResponderExcluir
  4. "Os passarinhos passarão, sou mais dois voando que um na mão"

    ResponderExcluir